quarta-feira, 9 de julho de 2014

Pão e circo






















PATRÍCIA LEPKOSKI

O que esperamos?


Enquanto eles comemoravam extasiados mais uma vitória, a porcaria rolava solta. A merda escorria pelos córregos do palácio e ninguém se importava. Era o orgulho que inflava o peito dos então patriotas.

Nojo era o que eu sentia, repulsa de um povo que não era burro, era ignorante por opção. Sabe quando a justiça se torna importante? Apenas quando escrachadamente a corrupção e a tirania vêm à tona. Isso com um apoio da nossa querida mídia, sempre disposta a se manifestar a favor do povo.

Mas o que importa a elevação dos impostos e a falência de grandes empresas? Tanto faz se não temos saúde, ou uma boa educação, temos talento!

Nossas crianças não precisam de mais que uma bola e uma rua sem asfalto pra exibirem um belo sorriso. Nossas famílias não precisam mais do que uns trocados no fim do mês para alimentar 5 filhos com um punhado de arroz e feijão.

A vida é bela e somos capazes de gritar isso aos sete cantos, com um orgulho idiota de ser brasileiro. Enfeitamos nossas casas, colocamos bandeirinhas nos carros, ligamos o som alto e festejamos iludidos.

Aceitamos a realidade e somos felizes, pois temos algum motivo para comemorar. Assim, os dias permanecem iguais, vamos de mal a pior com uma corneta na boca e uma camiseta amarela.

Conformados desde sempre e para sempre.

O que esperamos? Que não nos falte a ilusão de uma pão à mesa e um circo pra nos distrair, no final de um dia de escravidão.



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domingo, 29 de junho de 2014

Uma dose de coragem, por favor!























Patrícia Lepkoski


Uma dose de coragem, por favor!

Eu ouvia aquela velha canção que dizia que a dúvida é o preço da pureza sem entender por que a dúvida permanecia se a pureza já não existia.
Embora não entendesse o que realmente o autor queria dizer, continuava a sentir como se aquela frase fosse um pouco minha. Dúvidas iam e novas surgiam. Respostas? Nunca tive concretas ou permanentes, elas vinham transitórias e sempre com um vazio que dava brechas para novos questionamentos.
Enfim, aprendi a conviver com elas, aquelas malditas que me faziam silenciosa no meio de um trajeto a observar superficialmente o campo que lembra tanto um passado que ainda não passou. Sem perceber surgia um sorriso, era o reflexo de uma lembrança boa que vinha no meio daquele turbilhão de ideias.
Queria poder descrever o sentimento, mas prefiro senti-lo. A mistura de tantos elementos me deixava cada vez mais confusa, entre parte de mim querendo não querer e outra parte querendo se entregar. É aí que a dúvida se mistura com o medo e inspira um desejo de fuga, não quero mais! Não de novo, a mesma história com outros personagens, o mesmo enredo em um novo cenário.
Assim, olhando ainda pela janela, via as casas passarem, as árvores, o tempo. Peguei minha mochila, coloquei nas costas e disse: boa noite motorista! Talvez amanhã eu volte, talvez ainda dê tempo de fazer o que a vontade pediu, mas o “bom senso” não deixou. Ou quem sabe amanhã eu acorde e tudo não passe de um sonho, a solidão incomoda, mas é um vazio inspirador. Enquanto a utópica felicidade não chega, transformo a dor em poesia. Caso um dia eu vá embora, pode ficar com as minhas palavras.


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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Colunista: Patrícia Lepkoski





















Patrícia Lepkoski

Colunista

Bem vinda, Pati! Agora o Gola Rosa conta com os textos escritos pela nossa querida Redatora Patrícia. Acompanhe pelo face os novos posts ou diretamente aqui pelo blog. 


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quarta-feira, 18 de junho de 2014

GERAÇÃO DE MULHERES























A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer

ÀS VEZES ME FLAGRO IMAGINANDO UM HOMEM HIPOTÉTICO QUE DESCREVA ASSIM A MULHER DOS SEUS SONHOS:“ELA TEM QUE TRABALHAR E ESTUDAR MUITO, TER UMA CAIXA DE E-MAILS SEMPRE LOTADA. OS PÉS DEVEM TER CALOS E BOLHAS PORQUE ELA ANDA MUITO COM SAPATOS DE SALTO, PRA LÁ E PRA CÁ. 


Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda. 


Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar. 


Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.” 


Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta. 


O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens, homens e velhos homens. 


O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós? 


Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos. 


Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração. 


Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração. 


Mas, escuta, alguém lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão? 


Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”. 


“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…” 


Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina. 


O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência? 


E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família. 


No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta. 






fonte: hblogs.estadao.com.br

quarta-feira, 19 de março de 2014

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quinta-feira, 13 de março de 2014

LEI DA ATRAÇÃO

























BOB PROCTOR 

 The Secret


Você provavelmente está se perguntando: "O que é O Segredo?" Eu vou lhe contar como passei a entendê-lo. 

Todos nós lidamos com um poder infinito e nos guiamos exatamente pelas mesmas leis. As leis naturais do Universo são tão precisas, que não há dificuldade em construir espaçonaves. Podemos enviar pessoas à Lua, marcando a hora do pouso com a precisão de frações de segundo. 

Onde quer que você esteja — índia, Austrália, Nova Zelândia, Estocolmo, Londres, Toronto, Montreal ou Nova York —, todos lidamos com um único poder, uma única Lei: a atração! 

O Segredo é a lei da atração! 

Tudo o que entra em sua vida é você quem atrai, por meio das imagens que mantém em sua mente. É o que você está pensando. Você atrai para si o que estiver se passando em sua mente. 


"Cada pensamento seu é uma coisa real — uma força". 
Prentice Mulford (1834-1891) 


Os maiores mestres de todos os tempos revelaram que a lei da atração é a lei mais poderosa do Universo. 
Poetas como William Shakespeare, Robert Browning e William Blake recitaram-na em seus versos. Músicos como Ludwig van Beethoven expressaram-na em sua música. Artistas como Leonardo da Vinci representaram-na em suas pinturas. Grandes pensadores, entre eles Sócrates, Platão, Ralph Waldo Emerson, Pitágoras, sir Francis Bacon, sir Isaac Newton, Johann Wolfgang von Goethe e Victor Hugo, partilharam-na em seus escritos e ensinamentos. Seus nomes foram imortalizados, e sua existência lendária sobreviveu aos séculos. 

Religiões como o hinduísmo, as tradições herméticas, o budismo, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, e civilizações, como a dos antigos babilônios e egípcios, transmitiram-na por meio de seus escritos e histórias. Registrada através das eras em todas as suas formas, a lei pode ser encontrada em textos antigos ao longo de todos os séculos. Ela foi gravada em pedra em 3000 a.C. Muito embora algumas pessoas cobiçassem esse conhecimento, e de fato O cobiçaram, ele sempre esteve lá para ser descoberto por qualquer um. 

A lei começou nos primórdios dos tempos. Ela sempre existiu e sempre existirá. É a lei que determina a completa ordem no Universo, cada momento de sua vida e cada coisa que nela você vivência. Não importa quem você é ou onde está: a todo-poderosa lei da atração dá forma a toda a sua experiência de vida ao ser posta em ação pelos seus pensamentos. 

Em 1912, Charles Haanel descreveu a lei da atração como "a maior e a mais infalível lei, da qual depende todo o sistema da criação". 





http://veterinariosnodiva.com.br/books/Rhonda%20Byrne%20-%20O%20Segredo.pdf

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SEJA O CARA

























Guilherme Pintto

Seja o cara

Amor pode ser tipo tu te levantar às 2h da manhã para comprar um MC só porque tua guria está com fome de comer MC. Levá-la ao inferno dizendo que é o paraíso. E, se ela realmente estiver na tua, será o paraíso. O amor é a ilusão da mente, a fuga por um lar melhor. Elas só querem um cara que seja parceiro, as escute e demonstre que buscamos qualidade, durabilidade e encantamento contínuo. Anotou aí? Meu avô disse que não teve só minha avó. Minha avó disse que só teve meu avô. Há pessoas que se alimentam de momentos, outras de estabilidade. Comer fora mata a fome, mas não cria história, só aumenta números. No final das contas, números não contabilizam laços, não perduram pela eternidade. É como a brisa: acaricia o rosto, dança pelo corpo e vai se indo, partindo, já foi.

Elas só querem um cara que as façam ser elas mesmas, que possam sorrir de mesmo modo quando sorriem com as amigas. Alguém que seja seu melhor amigo antes de ser seu companheiro. Que seja íntimo de suas manias e compreensível diante de suas imperfeições suportáveis. Amor quando é amor, é amor pelo interior, pela alma e não pela foto do Facebook. Corpo bonito chama, mas não segura. Não mantém. Valorize! Pratique o conserto antes de efetuar a troca. Tu mal deves saber, mas enquanto tu estás discutindo as chances do teu time ir para a próxima fase, ela está usando o tempo falando em ti para as amigas, detalhando os teus jeitos e entrando no site do João Bidu, para descobrir como te conquistar da melhor forma, se baseando no teu signo. Se ela perguntar o número do teu pé, poderá te presentear com uma meia ou com um celular. A gente nunca sabe. Gurias são imprevisíveis. Caso ela venha te chamar para tomar um chimarrão na praça da cidade, leve-a ao campo. Se ela te ligar na madrugada dizendo que está com saudades, vá antes que o sol nasça. Tens que ser o cara, o diferente, deixar marcas, fazer dela a tua Megan Fox. O normal é lembrança, o atípico é lembrado. Mulher não fala, deixa entender. Mulher não diz, quer ser entendida. 

O segredo reside em regar o encantamento todo o dia, podá-lo de vez em quando, enfeitá-lo com flores pela manhã. Entendeu? O que é nosso a gente cuida, planta e acolhe. Aprendi a amar em casa, a ser homem com uma mulher com pseudonome de mãe.  Valorize quem fecha a porta e gira a mesma maçaneta para voltar. Afinal, a comida de casa é sempre mais gostosa.



Guilherme Pintto - texto postado no blog http://amorabusado.com.br/seja-o-cara.htm